Confesso que AMAVA ter sido eu a escrever o texto que se segue. De qualquer forma, o facto do mesmo ter sido escrito por alguém que não eu faz-me sentir acompanhada!!!
 
Obrigada Joana Roque.
 
 
Maria Lua
 
 

Aprendi a dar importância às coisas simples. A perceber que há alturas em que não precisamos de nada mais do que um sorriso, de sentir o sol a brilhar na nossa cara, de ver os que amamos felizes, de ler um livro ou ver um filme. Aprendo todos os dias que há coisas tão banais que me dizem tanto: pensar pela minha própria cabeça, tomar decisões conscientes, escolher os meus amigos, ter uma família que me ama, não ter nenhuma doença grave que ponha em risco a minha vida.  Descubro também que não sou a única que tenho estas coisas, mas descubro que, na maioria das vezes sou das poucas que agradece por elas.

 

Existem à minha volta muitas pessoas que não sabem dar valor ao que têm. Estão tristes e desiludidas porque o chefe as aborrece, porque os filhos andam impossíveis, porque andam com uma dor no braço, porque os amigos não atendem o telemóvel,  porque não têm tempo para elas, porque os pais são chatos, porque o que era bom era ganhar o euromilhões(...)

 

 Na realidade têm emprego, amigos, filhos, pais, trabalho e ocupação, uma dor suportável e passageira no braço e sonhos. Têm tudo (ou quase tudo!) Têm as coisas simples e banais que tantos não têm e lutam por ter: um emprego, amigos, ocupação, filhos, saúde e a família que amam viva e perto deles. As coisas simples, banais e ao nosso lado que tantas vezes nos esquecemos que estão lá!

 
 
sinto-me:
música: Arietta - Eberhard Weber (Jan Garbarek Group)
publicado por MariaLua às 11:27