ESTORIAS DE LUA

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Quarta-feira, 28 / 07 / 04

Menino Sozinho à beira da estrada (não tem sapatos mas sorri).

 

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Quando escrevo faço-o sempre intuindo outra pessoa e pondo-me no lugar dela. É estranho mas é-me sempre difícil escrever sobre mim, talvez um dia "saia" entretanto aqui vou eu para dentro dos vossos olhos e quem sabe do vosso coração para falar de alguém que um dia conheci... 

Ah! Exprimentem olhar esta imagem com os "olhos do coração" e pode ser que ela se transforme e crie poderes mágicos como acontece aos desenhos do menino da história. 

  

"E lá estava eu outra vez a recriar as minhas realidades. Não sei porquê. Penso que este dom (se é que se pode chamar assim) nasceu comigo. Nunca consegui ver nas coisas só o que elas são. Para mim estas têm sempre um significado extra-olhos. O mesmo se aplica às pessoas. Não me contento unicamente com o que elas me mostram ser, os olhos são órgãos demasiado falíveis. Tento sempre descobri-las ao máximo. Sou assim uma espécie de vampiro da alma. E perguntam-me vocês se gosto da vida que levo. Bem... apesar de não ser muito agradável sentir esta impressão de que tenho o estômago colado ás costas distraio-me sempre com os meus desenhos e rio-me muito enquanto os faço, consigo mesmo ser feliz, ser mais eu. Basta ter um bocado de carvão e um papel qualquer, que muitas vezes peço à D. Rosa da mercearia, para me sentir bem. Ela acha-me assim meio maluco. - Lá estás tu gaiato outra vez com parvoeiras. - Que vais desenhar desta vez? - A minha dor de cabeça? Ou o sono do tio 'Nastácio? - Olha, desenha a cor do cão fugindo. Ri-se muito de mim a senhora mas depois por pena ou sei lá para além do papel sempre acaba por me oferecer qualquer coisa para comer. Se calhar é por isso que vou lá tantas vezes. É também importante dizer-vos que a minha mãe não se deve preocupar muito quando não apareço para almoçar. - Mais sobra para os outros - deve pensar ela. Não é que ela não goste de mim mas é assim quando a comida não é muita. Sinto-me um ser diferente. Acho que as pessoas da vila não entendem muito bem a minha loucura talvez seja por isso que também não falo com muita gente. Mas não falo mesmo! Não gosto. Desenho-as nas suas vidas e mundos pessoais. É como se fosse um filme mudo onde as personagens apenas aparecem desenhadas. Penso que tenho mais jeito para viver desta forma do que para falar. Não me importo muito que os outros não compreendam e me julguem louco. Pois para mim já é um gozo suficiente reproduzir assim a vida. E sem se aperceberem são eles as peças base das minhas viagens e imaginações. Posso sempre desenhar o que quiser à hora que me apetecer. Até consigo reproduzir no desenho o barulho que as flores fazem a nascer, e o calor do último fio de sol antes deste desaparecer ao final do dia, e a frieza das lágrimas. Consigo desenhar tudo o que quiser. Sou louco e rio-me muito por isso! O frio que sinto nos pés também tem a sua graça. Desenho-o como se fosse um queijo grande onde alguém deu muitas dentadas e por isso já não está completo e ficou pequenino. (Talvez tenha sido um rato. Ou uma ratazana grande.) Mas pelo menos enquanto o desenho como-o antes de todos e isso agrada-me! Sonho um dia quando crescer sair daqui desta terra. Encontrar alguém que entenda o que desenho, e o que sou. Um louco igual a mim, também se for uma louca não me importo. Mas... seja de que sexo for não me obrigar a falar é essencial. Acho que até nos podíamos comunicar unicamente por desenhos. Isso então seria o ideal. Ah! E outra coisa... que não me obrigue a dar beijos. Mesmo quando os recebo não gosto. Fico desajeitado. Nunca aprendi a dá-los... e tenho medo de falhar. Penso que também posso desenha-los e oferece-los. Hum! Que excelente ideia, vai tornar tudo mais fácil! Mas só os faço para pessoas bonitas. Para raparigas bonitas. Para as outras pessoas que não sejam bonitas desenho outra coisa. Bem agora vou ter mesmo que ficar por aqui. O dia já há muito que se pôs e daqui a pouco a minha mãe vem à minha procura e depois trabalha o chinelo. Ui,ui não gosto nada dele. Por isso nunca o desenho. Bem, vou indo mas amanhã vou recomeçar tudo de novo. Não tenho cura!!!"

 

 

Maria Lua

 

publicado por MariaLua às 18:25
Quarta-feira, 21 / 07 / 04

...Para a Saudade

 

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Sei que tenho andado um bocado afastada mas nunca me esqueço de vocês. Achei esta frase de João Vasco Reys tão bela que decidi partilha-la convosco. Quando me sentir melhor I'll be back!!! Até lá Beijinhos.

 

Maria Lua

 

 

"Se um dia tiveres saudades minhas escreve uma carta às estrelas e pergunta por mim. Receberás de certeza um Sonho a dizer que estou bem".  

publicado por MariaLua às 16:36
Segunda-feira, 19 / 07 / 04

Coisas que fazem SENTIR

Hoje quando fazia mais uma das minhas viagens pelos blogs descobri um que me "chocalhou" a alma. Falo-vos concretamente do "Blog do veneno Eficaz http://venenoeficaz.blogspot.com . Não tenho palavras que possam transmitir a forma profunda como este post me tocou e depois também o saber que o seu autor - Fernando Cameira faleceu em Setembro de 2003 vitima de uma doença prolongada. E porque os blogs são também uma forma de conhecermos "o outro" (aquele que nos habita e também aquele que está do outro lado) deixo-vos o tal post que contém a crónica de sua autoria retirada do seu livro "É COMO DIZ O OUTRO". Um abraço a todos e SINTAM por favor.

 

Maria Lua

 

 

 

 

"Amor e Facturas"

  

"Um homem sentia-se criança e gostava de se sentir assim. Enquanto pôde exerceu o seu direito a permanecer fiel aos seus princípios, aos seus ideais utópicos, ao seu gosto pelo prazer, pelo gozo. Era uma criança adulta, bem entendido, não um adulto infantil. É certo que continuava a gostar de mimos, de fazer caretas, de fazer batuque com qualquer tipo de objectos, de ver desenhos animados, de se sentar no chão, de se sujar na terra, de ficar hipnotizado com o fogo. Mas esse era o aspecto menos importante da sua criancice. Esta evidenciava-se, sobretudo, na primazia que ele concedia às emoções sobre a razão, à utopia sobre o realismo político, ao prazer do momento sobre o medo do amanhã, ao dar mais valor ao amigo que ao orgulho do seu ego, ao não aceitar que as lógicas de coisas abstractas compostas por homens, desde empresas a nações, trouxesse sofrimento a esses mesmos homens. Era tão criança que não percebia como os homens que detêm o poder estão de mãos atadas por uma complexidade de fenómenos e não podem resolver os graves problemas dos seus governados. Perguntava, ingenuamente, porque razão prometiam então sempre os governantes resolver os problemas se depois diziam sempre não ser isso possível. Não sabiam já, antes, que assim era? Então porque mentiam impunemente? E se não sabiam como podiam então prometer? Esta introdução serve apenas para dar um breve perfil deste homem e melhor se perceber a história que verdadeiramente nos interessa e que se iniciou quando este indivíduo começou a navegar na Internet. Apercebendo-se da facilidade com que podia contactar com milhões de pessoas de todo o mundo, logo a sua mente infantil começou a conceber a facilidade com que poderia desencadear uma revolução mundial. No fundo, sem se querer igualar nas capacidades, ele poderia usar o meio poderoso que faltou aos grandes profetas do Amor, da Paz, da Espiritualidade, para os mesmos fins. Não iria fazer páginas idiotas sobre esses assuntos, que as pessoas não lêem. Não iria divulgar A Mensagem de forma estática como o fazem os cristãos com a Bíblia. Iria fazê-lo como o tal Jesus fez, em comícios, digressões e apostolado, levando a palavra às pessoas e não esperando que as pessoas viessem à palavra. Ora, que melhor instrumento que o correio electrónico, o Internet mail, os News groups, para tal fim? Que seria hoje o cristianismo, o Islão, o Budismo se os seus mentores tivessem ao seu dispor a Internet e a televisão? Assim pensando, seguro da facilidade com que chegaria a uma grande parte da população mundial, começou a pesquisar endereços e enviar as suas mensagens revolucionárias de Amor para todo o mundo: pessoas individuais, empresas, governos, departamentos de investigação, Vaticano e organizações religiosas, associações de todo o tipo, seitas satânicas e piratas de informática. Já antevia os milhares de mensagens trocadas, as discussões acaloradas, as palavras de ordem, os governos em pânico, as demissões e eleições extraordinárias em todo o mundo, uma nova ordem mundial nascendo de baixo para cima de forma pacífica, pela palavra e não pelas armas. Dias depois começou a receber respostas mas, contrariamente ao que esperava, um pouco desanimadoras. Primeiro por serem muito poucas, depois porque ou os correspondentes gozavam com os seus textos ou pediam-lhe, pura e simplesmente, que não lhes enchesse a mailbox com lixo. Apenas um punhado se mostrou receptivo mas, desses, poucos apresentavam ideias para colaborar. Uma só pessoa lhe respondeu em sintonia e lhe transmitiu novas ideias e propôs colaboração activa. Uma tal Lia, uma sul americana, da zona do lago Tiahuanaco e que, por isso, o homem passou a designar por Amiga do Lago. Um outro correspondente surgiu depois, João, que com uma linguagem muito simples lhe manifestou todo o seu apoio e se dispôs a trabalhar no projecto. Chamou-lhe João o Simples. Mas o nosso herói não desanimou. Durante meses e meses escreveu mensagens apelando ao Amor, à Amizade entre os homens, à Greve Total de Mente Fechada a todas as actividades contrárias à felicidade humana. O que pretendia era para ele tão evidente, fácil e eficaz que não compreendia como não obtinha uma adesão mundial total. Tratava-se simplesmente de as pessoas se recusarem a participar ou por qualquer forma incentivar actividades que acarretassem infelicidade directa ou indirecta para alguém. Durante cerca de dois anos, o Homem, a Amiga do Lago e João o Simples empenharam-se nesta utópica cruzada mundial. Trocavam ideias entre si, delineavam a estratégia dos próximos textos e desencadeavam as emissões massivas da chamada Guerrilha da Felicidade. Chamavam-se a si mesmos, por brincadeira, a Santíssima Trindade: Homem, Amizade, Simplicidade e defendiam ser esse um simbolismo do seu ideal da conquista da felicidade universal, em três fases: humanização do Homem, primazia da Amizade entre todos, Simplicidade nas aspirações. Mas tudo o que recebiam em troca era a demonstração friamente inequívoca de que a sua mensagem não atingia a alma dos destinatários. Houve, por fim, um triste momento em que, inevitavelmente, este homem-criança não conseguiu mais continuar a iludir-se e teve que aceitar que tinha perdido a guerra, com tudo o que isso implicou nas suas crenças mais profundas. Reuniram-se os três, electronicamente, para fazerem uma última tentativa de perceber qual o erro: se seria de fundo ou apenas estratégico. Foi aí que João, o Simples, lhes confessou que sempre previra este final por uma razão… muito simples: que também eles próprios não estavam a aderir à Greve que propunham pela razão… muito simples… de que era impossível. Por exemplo… o simples… facto de enviarem maciçamente e-mails para todo o mundo contribuía nitidamente para o congestionamento da rede em certos pontos ou momentos, com consequentes prejuízos para muita gente, para quem a rapidez da informação é vital. E os seus próprios empregos, não contribuiriam para o desemprego noutros sectores ou para qualquer outra forma de infelicidade alheia? Assim o homem-criança percebeu, finalmente, como a vida em sociedade é complexa. Afinal, teria que concordar com os homens-adultos, com o que sempre lhes ouvira dizer desde que era criança-criança: para uns estarem bem outros têm que estar mal. Vencido mas não convencido, o Homem está agora a preparar o lançamento de uma nova campanha, sob a forma de puro desafio intelectual: um "brain storming" permanente, a nível mundial, por forma a constituir um Banco de Ideias para a resolução de todo o tipo de problemas que afligem a humanidade. Neste momento procura patrocínios de todo o tipo de instituições de utilidade pública e outros agentes com algum poder, para conceder prémios monetários atractivos. Desconhece-se em que pé estão as coisas. É como diz o outro: "...mas as crianças, Senhor! Porque lhes dai tanta dor? Porque padecem assim?"

publicado por MariaLua às 00:28
Sábado, 17 / 07 / 04

Ovos de Anjo

 

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“O homem tinha o olhar fechado e o rosto agudo dos índios da fronteira. Mas só o vi depois. O que primeiro me chamou a atenção foi o frasco transparente, e dentro dele, flutuando num liquido turvo, o escorpião. Percebendo o meu interesse o boliviano enumerou, uma por uma , todas as virtudes do licor de escorpião. Fiquei a saber que além de evitar a queda do cabelo, protege contra as ciladas do amor, afasta os invejosos, atrai a riqueza e cura as feridas da faca. Ainda mais importante, sussurrou-me o índio, fortalece a machesa dos machos, assegurando a quem o tomar uma erecção de cavalo. Tudo isso, continuou, por apenas cinco dólares. Disse-lhe que não trazia dinheiro, mas já era demasiado tarde. Agarrando-me por um braço o vendedor destapou um cesto de palha, e ali mesmo me mostrou uma colecção de cabeças vagamente humanas, presas pelos cabelos a um suporte de madeira. Garantiu-me que eram peças autênticas, as famosas cabeças reduzidas dos Jivaros, e porque tinha simpatizado comigo fazia-me até um preço especial. Fui-me embora, mas ele veio atrás de mim, arrastando os cestos. Afastei-me a correr, já o desgraçado me aliciava com uma antiga pomada dos incas, capaz de tornar um homem invisível aos olhos dos seus inimigos. Quando regressei ao hotel o sol desaparecia entre as montanhas. Encostado à parede, o índio esperava por mim. Abriu a mão e eu vi dois pequenos ovos azuis. São ovos de anjo, revelou. Aquilo não me surpreendeu: se os anjos têm asas é então natural que ponham ovos. Ainda hoje lamento não os ter comprado”.

 

 

 José Eduardo Agualusa in Inéditos

publicado por MariaLua às 01:01
Quinta-feira, 15 / 07 / 04

Por Dentro(...)

 

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Hoje estava sentada num terraço qualquer à beira do mundo e o vento trouxe-me uma borboleta morta que caiu a meus pés. Senti frio pois pensei na fragilidade da vida, nos pássaros de asas cortadas e nalguns homens...

ALERTA: A partir de hoje é proibido viver-se de olhos fechados... Existem tantas "esquinas perigosas" temos de nos cuidar. (...)                                                            

Até porque: o Sol está quente, as águas estão mornas os dias estão longos e têm noites estreladas e brisas frescas "espraiando-se" em esperanças por viver. É o tempo certo para recomeçar...

 

POR FAVOR: Que ninguém perca a oportunidade de CRESCER. (Tive de pôr azul aqui nesta palavra porque acho que o crescer deve ser azul. e vocês?)

 

 

Maria Lua

publicado por MariaLua às 16:09
Quarta-feira, 14 / 07 / 04

O sonho está dentro de nós

 

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Era uma tarde quente. O verão aproximava-se do fim. Marinela tinha acabado de chegar, sentia-se cansada. Da cidade onde vivia, ao monte onde viera passar alguns dias para descansar, eram muitos quilómetros. Depois de tomar algum alimento, ia-se deitar. Queria levantar-se cedo no dia seguinte, para ver nascer o sol, há quanto tempo isso não acontecia... Sentiu desejo de arrancar a máscara que era obrigada a usar durante todo o ano e que a impossibilitava de sonhar... Ali longe do bulício da cidade, das noticias sobre a guerra do Iraque e outras guerras... do anseio de pais sem meios para cuidar da saúde dos filhos... Aquela última semana tinha-a deixado em baixo, sentia-se impotente, sozinha...Que poderia fazer? Tinha vindo para o sítio, onde desde muito nova costumava passar férias com a sua família. Estava tudo igual. O mesmo som da água que corria duma pequena fonte que havia no vale, o canto dos pardais, o cheiro forte a plantas. Era o Alentejo...Sonhava... Recuando no tempo sentia-se a "retouçar" com os irmãos, à sombra das árvores jogando à cabra cega. Despertou do sonho ao ouvir uma voz que perguntava: - Então Marinela chegaste primeiro. Estás bem? - Sim tia estou bem. - Respondeu esta. Tinha acabado de chegar a tia Oliana. Era a dona da casa onde Marinela se tinha refugiado dos seus fantasmas. A velha senhora tinha passado uns dias fora. Combinara com a sobrinha, que esperava quem chegasse primeiro ao monte. Dona Oliana reparara que a sobrinha não estava bem, andava triste. Esta não tinha tido sorte com o marido que escolhera. Estava ainda sob o efeito dum divórcio recente. - Então rapariga, que desanimo é esse? Que é feito duma jovem sonhadora que um dia daqui partiu? - Não sou a mesma tia Oliana, o tempo gasta-nos, não podemos ficar alheios ao que nos rodeia. - Sim a vida não é fácil. Há guerra, injustiça, mas melhoram com o nosso desânimo? O que te vou dizer é fruto da minha experiência, duma sabedoria que se ganha com a dureza da vida. Também eu fui um dia uma jovem sonhadora... Hoje não sou mais uma jovem, mas tento não deixar de sonhar... - Diga tia Oliana gosto de a ouvir. Dá-me força. - Quantas contrariedades já passei...Quanto já sofri... Quando o Jacinto partiu para o estrangeiro, também eu fiquei desanimada, nada valia a pena. Era o meu único filho que partia...Depois de algum tempo passado e de ter sofrido muito, comecei a descobrir que não estava certa. Afinal a vida era dele, sempre que dava noticias, dizia estar feliz. Que mais podia eu fazer se não viver a minha vida enfrentando os meus fantasmas, sem descuidar as coisas boas que a vida ainda tinha? - Como eu gosto de si tia Oliana. - Anima-te filha, ainda és muito nova, nunca deixes de sonhar. O sonho está dentro de nós, deixa-nos sentir que o vento nem sempre se manifesta com dureza e sim numa brisa suave. Marinela encaminhou-se para a janela e disse: - Venha à janela tia Oliana, as estrelas ainda cobrem o céu!...

 

Nota: Esta história foi escrita pela senhora que me pôs no mundo e que desde sempre me ensinou que o sonho nos mantêm vivos e acordados. Um obrigada muito grande para ela.

 

Maria Lua

 

publicado por MariaLua às 02:28
Segunda-feira, 12 / 07 / 04

Magia?!

 

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Pois é... a minha fada madrinha tinha razão quando me disse que eu tenho as forças da natureza do meu lado (as boas) e que existem muitos seres mágicos (quase invisiveis) que me protegem, me acarinham e que "gostam" de mim... isto prova-se através dos comentários do post anterior. OBRIGADA SERES DIVINOS! nunca me abandonem... prometo que estarei sempre convosco no coração e que também vos protegerei (dentro das minhas capacidades) sempre que de mim precisem... nem fazeis ideia de como já sois importantes na minha vida. Todos somos pequenos"principezinhos" vivendo nos nossos mundinhos onde vamos encontrado coisas agradáveis e também menos agradáveis (para as segundas temos-nos uns aos outros ). Olhos invisiveis a olharn a nossa alma e a conseguir MESMO vê-la... é lindo sentir isto sabiam? Beijinhos para todos .

 

 

Bem hajam todos!!!

 

 

 

 

 

Maria Lua

publicado por MariaLua às 16:51
Sábado, 10 / 07 / 04

Sentidos

 

 

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Hoje estou confusa... queria colocar aqui coisas muito belas que vos fizessem sonhar. Histórias de asas e de casas , de estrelas que nunca se apagam, de fadas que povoam o coração dos homens e que mesmo sem aparecer fazem-no sempre sentir a sua presença através do coração, de luas mágicas que sorriem para o mundo, do pai sol que o torna tão poderoso, da imensidão do mar e de seus buzios... mas... hoje estou confusa... tão confusa... olhei as pessoas e "vi-as" nas suas vidas... muitos sorrisos felizes, muita energia... senti-me tal Ana Gavalda a olhar os outros  e a seguir senti-me oca, vazia e confusa... pois apeteceu-me ser eles...

Beijinhos para vocês... e obrigada por estarem sempre ai quando preciso.

 

Maria Lua

 

 

publicado por MariaLua às 17:05
Quinta-feira, 08 / 07 / 04

Tudo poderia ser meu para sempre

 

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E em homenagem à recém "viajada" Sophia de Mello Breyner Andresen um trecho ( que acho ter tudo a ver ) retirado de uma obra de seu filho. Deixo-o convosco com um beijo grandeeee e uma flor.

 

Maria Lua

 

... E arranquei a página da agenda com o teu nome e o teu número de telefone.  Veio a seguir Abril e depois o Verão. Vi nascer a flor da tremocilha e a das buganvílias adormecidas, vi rebentar o azul dos jacarandás em Junho, vi noites de lua cheia em que todos os animais nocturnos se chamavam rãs, corujas e grilos e um espesso calor sobre a devassidão da cidade. E já nada disto juro, era teu.

E foi assim que descobri que todas as coisas continuam para sempre, como um rio que corre ininterruptamente para o mar, por mais que façam para o deter.
Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes.  Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogámos o seu sentido. Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos.
E a tua voz ouço-a agora, vinda de longe, como o som do mar imaginado dentro de um búzio. Vejo-te através da espuma quebrada na areia das praias, num mar de Setembro, com cheiro a algas e a iodo. E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo poderia ser meu para sempre.

Miguel Sousa Tavares, in Não te deixarei morrer David Crockett - Eternamente

 

 

publicado por MariaLua às 22:20
Quinta-feira, 08 / 07 / 04

100 dimensões

 

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 Imagem "roubada" à Marciana (obrigada!!!)

 

 

 

A Beleza "esconde-se" muitas vezes atrás das coisas pequenas (...) Que o vosso dia seja cheio de sol e de "coisinhas" de fazer sorrir...

 

 

 

           Maria Lua

 

 

 

  

 

Coisas pequenas são

 

 

 

Coisas pequenas

 

São tudo o que eu te quero dar

 

e estas palavras são, coisas pequenas

 

que dizem que eu te quero amar

 

Amar, amar, amar

 

só vale a pena

 

se tu quiseres confirmar

 

que um grande amor não é, coisas pequena,

 

 

que nada é maior que amar.

 

  

(Pedro Ayres Magalhães)

 

 

publicado por MariaLua às 00:42
Quarta-feira, 07 / 07 / 04

Tudo...

 

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 Hoje não comento... deixo-vos apenas o meu sentir nas palavras de St. Exupery. Um bom dia para vocês

                                                          

                                            Maria Lua

publicado por MariaLua às 01:34
Terça-feira, 06 / 07 / 04

As Imaginações da Verdade

 

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Imagem: "Bola de luz" de Fernando Amaral

 

 

«Creio na vastidão ilimitada dos amores humanos, esses amores que se fundem com os domínios inelutáveis da dor: o amor, essa claridade que não alcançou em nossos dias a recôndita certeza dos deuses. Amores frágeis sob o voo irisado das aves, amores de uma noite profunda ou de uma tarde amena entre o regaço de outras mãos. Amores de um país onde tudo se esquece entre uma aurora e outra.»

 

(Paulo Teixeira)

 

 

publicado por MariaLua às 11:37
Segunda-feira, 05 / 07 / 04

Com Portugal no Coração SEMPRE!!!

 

 

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Hoje Portugal acordou desmotivado! Durante dias, semanas unimo-nos com um propósito: Apoiar a nossa selecção. Envergamos camisolas de Portugal, pusemos bandeiras às janelas, pintamos os rostos, sorrimos, fomos fortes e criamos uma nova energia uma nova força, uma nova imagem que levou Portugal até à final. Provamos que não somos o país escuro onde se descrê mas sim um país colorido e cheio de boas esperanças. É realmente importante continuar a manter as bandeiras ás janelas e sobretudo: Dentro do nosso coração pois com este campeonato provamos que somos capazes de ir até onde quisermos bastando para isso estarmos unidos e sermos os primeiros a acreditar nas nossas capacidades quer sejam: desportivas, económicas sociais ou politicas. O sonho não acaba aqui porque: O SONHO É UMA CONSTANTE DA VIDA! E terá de o ser SEMPRE no coração dos portugueses.

E VIVA A PORTUGAL!!!

 

Maria Lua

publicado por MariaLua às 11:44
Domingo, 04 / 07 / 04

Final do Euro

 

 

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Hoje (e mais do que nunca) o meu coração é completamente Verde e Vermelho. Estou a torcer por ti PORTUGAL!!!

 

                                               Maria Lua

publicado por MariaLua às 01:13
Sexta-feira, 02 / 07 / 04

Do outro Lado...

 

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Na nossa estrada existem sempre vários caminhos e várias formas de sentir(...) é importante saber escolher e viver o máximo tempo possivel com estrelas no olhar.... Bom fim de semana e beijinhos para todos!

 

Maria Lua

 

publicado por MariaLua às 10:11
Este é o lugar dos Contos e das imagens. Aqui estará SEMPRE no mundo da "Lua" onde é obrigatório SENTIR. Seja bem Vindo!

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